terça-feira, 24 de setembro de 2013

OS MORAVIANOS E AS MISSÕES



Wiliam Carey é considerado o pai das missões Protestantes, primariamente pelo fato de ter ele fundado a Sociedade Missionária Batista. Tal sociedade teve seu início em 1792, 275 anos após Martinho Lutero ter afixado as Noventa e Cinco Teses à entrada da Igreja de Wittemberg em 1517. Essa sociedade foi um veículo Protestante para o envio de missionários ao mundo não-cristão. Carey, contudo, não inventou o movimento missionário Protestante. Ele construiu a plataforma da qual o movimento missionário Protestante tinha lançado, de uma série de pranchas cortadas durante séculos, entre Lutero e ele. Uma dessas pranchas foi o Pietismo, um movimento evangélico interdenominacional e internacional, que procurava revitalizar a igreja existente, através de pequenos grupos dedicados ao estudo da Bíblia, oração, responsabilidade mútua e missões. August Hermann Francke definiu a agenda do Pietismo em apenas doze palavras: “uma vida mudada, uma igreja reavivada, uma nação reformada, um mundo evangelizado”. O Pietismo primeiramente despertou uma visão missionária entre os protestantes, enviando missionários para a Índia e Groelândia.


Duas outras pranchas significativas na plataforma de Carey foram a Igreja Moraviana e os Puritanos. Os Moravianos foram os primeiros Protestantes a colocar em prática a idéia de que a evangelização dos perdidos é dever de toda a igreja, e não somente de uma sociedade ou de alguns indivíduos. Anteriormente, a responsabilidade pela evangelização havia sido lançada nos degraus dos governos, através das atividades colonizadoras deles. Os Moravianos, contudo, criam que as missões são responsabilidade de toda a igreja local. Paul Pierson, missiólogo, escreveu: “Os Moravianos se envolveram com o mundo de missões como uma igreja, isto é, toda a igreja se tornou uma sociedade missionária”. Devido ao seu profundo envolvimento, esse pequeno grupo ofereceu mais da metade dos missionários Protestantes que deixaram a Europa em todo o século XVIII.

De fato a história dos Moravianos antecede à Reforma. Conhecidos originalmente como os Unitas Fratrum, ou a Unidade dos Irmãos, esses cristãos Checos foram os seguidores do mártir John Huss, um Reformador antes da Reforma. Ele foi martirizado em 6 de julho de 1415, e os Moravianos honram sua morte no calendário deles ainda hoje.

Após a morte de Huss, seus seguidores, que foram muitas vezes conhecidos como Hussitas, ou como os Irmãos Boêmicos, experimentaram um verdadeiro ressurgimento. Eles se reorganizaram no ano de 1457, e no tempo da Reforma havia entre 150 a 200 mil membros em quatrocentas igrejas por toda a Europa Central. Mas, no levante das guerras dos 1600, a Boêmia e Morávia (República Checa) foram dominadas por um rei católico romano, o qual desencadeou uma terrível perseguição contra os Moravianos. Quinze de seus líderes foram decapitados. Os membros da igreja foram mandados para os calabouços e para as minas para trabalhos forçados. As escolas deles foram fechadas. Bíblias, hinários, catecismos e escritos históricos foram totalmente queimados. Foram todos espalhados. De fato, 16 mil famílias, repentinamente, se tornaram refugiadas. Por quase cem anos procuravam fugir da perseguição. Por causa disso formaram uma poderosa rede de cristãos “clandestinos” através de pequenas células.

Anos mais tarde, em 1722, um pequeno grupo desses refugiados estava à procura de algum lugar onde pudesse se sentir seguro. Quando cruzaram a divisa da Alemanha, ouviram de um lugar conhecido como Herrnhut, uma pequena faixa de terra na propriedade de Nicholas Ludwig von Zinzendorf. Pediram se podiam ficar ali. Zinzendorf não estava no momento, mas o administrador lhes permitiu acampar-se no sítio.

Zinzendorf, um aristocrata, tivera ligações anteriores com o movimento Pietista. Seu padrinho fora Philip Spener. Quando tinha dez anos foi enviado para estudar em Halle, onde seu professor fora August Hermann Francke. No período que lá estivera, seu mentor foi Bartholomew Ziegenbalg , o primeiro missionário Protestante para a Ásia, que estava de férias (tipo de ano sabático).

Zinzendorf descreveu sua vida em Halle da seguinte maneira: “Encontros diários na casa do professor Francke; relatórios edificantes concernentes ao reino de Cristo; conversa com testemunhas da verdade em regiões longínquas; contato com diversos pregadores; luta dos primeiros exilados e prisioneiros. A satisfação daquele homem de Deus e a obra do Senhor juntamente com várias provações que o envolveram, fizeram crescer meu zelo pela causa do Senhor de uma maneira poderosa”.

Enquanto Zinzendorf esteve em Halle, foi um instrumento na formação da primeira sociedade missionária de estudantes Protestantes chamada de a “Ordem do Grão de Mostarda”. depois disso foi para Wittemberg para estudar Direito devido seus pais não aceitarem a idéia de ele se tornar um pregador. Quando concluiu o curso de Direito, fez uma grande viagem turística pela Europa, o que era comum para os membros da aristocracia daqueles dias. Como parte dessa viagem, foi a um museu de arte em Dusseldorf, Alemanha, e lá viu um quadro do “Cristo de Coroa de Espinho”, com a seguinte inscrição: “Eu fiz isto por ti; o que fazes tu por mim?”.

Isso lhe causou uma profunda impressão e o levou a escrever em seu diário: “Tenho amado-o por longo tempo, mas realmente nada tenho feito por ele. De agora em diante farei tudo que me seja dado fazer”. Voltou para Herrnhut para onde os refugiados Moravianos formaram uma comunidade com cerca de trezentos membros. Zinzendorf assumiu a responsabilidade, não apenas supervisionando como dono da terra onde viviam, mas sim para lhes servir de pastor. Em 1727 um derramar do Espírito de Deus uniu a comunidade.

Cinco anos mais tarde, em 1732, Zinzendorf foi convidado a assistir a coroação do rei Dinamarquês (ele estava ligado à família real na Dinamarca). Enquanto lá, descobriu o produto das missões Dinamarca-Halle: alguns convertidos Esquimós da Groelândia e uma pessoa convertida do Oeste da Índia, um primeiro escravo cujo nome era Anthony. Tais pessoas fizeram um apelo a Zinzendorf: “Você não pode fazer alguma coisa para nos enviar como missionários?”. Seu coração ficou muito quebrantado. Voltou para a comunidade e lançou diante dela o desafio para o envio de reforços missionários para a Groelândia, Índia e outras partes do mundo onde pessoas não conheciam a Cristo. Vinte e seis pessoas imediatamente se ofereceram como voluntárias, e, assim, o Movimento Missionário Moraviano foi lançado. Nos vinte e oito anos seguintes mais do que duzentos missionários Moravianos entraram em mais de doze países para implantação de trabalho missionário em torno do mundo.

O trabalho dos Moravianos foi guiado por um número de características que os distinguiram. Primeiro, eram profundamente dedicados ao Senhor Jesus Cristo. Eram extremamente cristocêntricos. Numa certa ocasião, quando eu ministrava na Nicarágua, os cristãos Moravianos me deram uma placa de madeira com o selo de sua igreja. Traz um Cordeiro triunfante do livro de Apocalipse. Diz assim: “Nosso Cordeiro venceu; vamos segui-lo”. Os Moravianos pregavam Cristo. Zinzendorf aconselhava os missionários que saíam: “Vocês devem ir, direto, ao ponto e falar-lhes a respeito da vida e da morte de Cristo”. Os missionários primitivos tinham o costume de elaborar provas da existência de Deus, como se estivessem dando palestras teológicas. 

Zinzendorf apelou aos missionários para que simplesmente lhes contassem a história de Jesus. Há inúmeros relatos de como aquela história despertou corações dormentes que foram trazidos ao Salvador; segundo, os Moravianos, diferentemente dos pietistas primitivos, não eram altamente educados nem teologicamente treinados. Eram comerciantes. De fato, os dois primeiros missionários que foram enviados eram coveiros por profissão! As próximas duas pessoas que enviaram, um era carpinteiro e o outro, oleiro. Os Moravianos abriram o ministério ao leigo e a ministração às mulheres, antecipando J. Hudson Taylor nessa questão mais de cem anos antes; terceiro, criaram a estratégia missionária de fazedores de tendas (o missionário trabalhar e se auto-sustentar no país). Muitas pessoas pensam que o sistema de fazedores de tendas é coisa recente. Mas o movimento missionário Moraviano se baseava nisso. Além do mais, como pode uma vila de seiscentas pessoas sustentar duzentos missionários? Resposta: Eles trabalhavam para a sobrevivência. Zinzendorf dizia que trabalhar em fazenda e indústria prende muito as pessoas, mas o comércio lhes daria mais flexibilidade. Ele sentia que a prática de trabalho e o ensino que podiam dar nessa área não apenas levantaria o nível econômico do povo para onde eram os missionários enviados, mas também proveria meios de se fazer contato com aquela gente. O livro 'Lucro para o Senhor' relata como os Moravianos usaram o fazer tendas como estratégia para o trabalho missionário em meados de 1700; quarto, os Moravianos foram as pessoas que viviam na periferia da sociedade. 

Devido aos Moravianos terem sido pessoas sofredoras, podiam facilmente se identificar com aqueles que sofriam. Eles iam àqueles que eram rejeitados por outros. Dificilmente qualquer missionário seria mandado para a costa leste de Honduras ou Nicarágua. Essas partes da América Central eram inóspitas. Lá, contudo, estavam os Moravianos. 

Isso era característico da vocação missionária deles; quinto, eles se dirigiam a pessoas receptivas. Devido ao fato de os Moravianos crerem ser o Espírito Santo o “Missionário” primário, aconselhavam seus missionários a “procurarem as primícias. Procurarem aquelas pessoas que o Espírito Santo já havia preparado, e trazer-lhes as boas novas ”; sexto, eles colocavam o crescimento do reino de Cristo acima de uma expansão denominacional. Zinzendorf não pretendia exportar as divisões denominacionais da Europa. Ele se tornou um pioneiro ecumênico (entre cristãos), no melhor sentido do termo, 150 anos antes de qualquer um imaginar tal possibilidade; sétimo, a obra missionária Moraviana era regada de oração. Quando o avivamento espiritual ocorreu em 1727, começaram uma vigília de virada de relógio, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco dias por ano. O livro devocional conhecido como Lemas Diários, que ainda tem sido publicado pela Igreja Moraviana, era o devocional mais amplamente usado entre os cristãos europeus. O ministério Moraviano era fortemente regado por oração (tiveram uma vigília de oração que durou um tempo de 100 anos literalmente - nota do tradutor).

Os Moravianos tinham trabalho missionário no Estado da Geórgia devido ao General Oglethorpe ter sido influenciado por Zinzendorf, que fazia parte de um grupo missionário de estudantes que começou em Halle. Quando João Wesley viajou para os Estados Unidos, seu navio enfrentou uma terrível tempestade. Wesley ficou super-abalado. Somente os Moravianos, que se mantinham num senso de paz com Deus, lhe encorajaram no pânico. Foram eles que lhe apresentaram a necessidade de um relacionamento pessoal com Cristo. Retornando para a Inglaterra, após um trabalho frustrado na Geórgia, disse: “fui para converter os índios, mas, quem, ó quem me converterá?” Ele foi para uma reunião num encontro de Aldersgate - um encontro dos Moravianos - durante o qual seu coração, segundo ele, foi “estranhamente aquecido” e assim encontrou segurança para a sua salvação. Foi para Herrnhut a fim de examinar o trabalho Moraviano, e, como resultado, ele padronizou a obra do Metodismo no modelo Moraviano. Assumiu como moto as palavras de Zinzendorf: “o mundo é minha paróquia”.

Os Moravianos também exerceram uma forte influência sobre William Carey, o qual teve grandes dificuldades em gerar sustento para a idéia de uma sociedade de missões. Aqui está um relato de como a fundação da sociedade missionária veio a acontecer. Numa noite, um pequeno grupo de 12 ministros e um leigo se reuniu com William Carey na espaçosa casa da viúva Wallace, conhecida por sua hospitalidade como a Hospedeira do Evangelho. 

Novamente, Carey fez pressão para a ação. Mas, novamente os irmãos oscilaram. Afinal, quem são esses homens? Ministros de Igrejas de pobres-feridos, para sustentar uma missão, tão assediadas de dificuldade, tão cheias de incertezas. No momento crucial, quando todas as esperanças pareciam se esvair, Carey tirou do bolso um livreto intitulado Periódico de Contos das Missões Moravianas. Com lágrimas nos olhos e com voz trêmula, afirmou: “se vocês apenas tivessem lido isto e soubessem como esses homens venceram todos os obstáculos por amor a Cristo, dariam um passo de fé”.

Foi a gota d’água! Os homens concordaram em agir. As atas da reunião registram a decisão deles de formar “A Sociedade Batista Particular para Propagação do Evangelho entre os pagãos”, também conhecida como a Sociedade Batista Missionária. Sua força repousa na motivação provida pelo relato dos missionários Moravianos.
Alguém, certa vez, perguntou a um Moraviano o que significa ser um Moraviano. Ele respondeu: “Ser um Moraviano e promover a causa global de Cristo são a mesma coisa”. 




CONHECENDO A MORÁVIA


    Falar em Morávia, hoje em dia, parece estranho aos nossos ouvidos. Na verdade, não temos familiaridade com esse nome.
   A Morávia foi o útero mater de um dos maiores movimentos de missões existentes no mundo até então. Foi lá que o Conde Zinzendorf, impulsionado pelo desejo profundo de evangelizar o mundo, realizou um grande projeto de Deus, despertando a Igreja do Senhor para missões mundiais.

  A Morávia e a Boêmia eram duas províncias situadas a noroeste do império austríaco e faziam fronteira com a Saxônia. A Morávia do século XVIII localizava-se na Europa Central, no centro da antiga Tchecoslováquia, hoje dividida em República Tcheca e Eslováquia.


Ela era etnicamente composta de tchecos, um povo eslavo que invadiu a região no século V a. C., o qual, mais tarde, uniu-se a outras tribos, também eslavas, formando assim, o grande Império da Morávia, o qual compreendia grande parte da Europa Central.

No século IX esse império foi invadido e destruído pelos magiares (húngaros). No século seguinte, a Morávia foi governada pelo Duque da Boêmia e seus descendentes, até 1526, quando caiu nas mãos da família de Habsburgo, da Áustria, que a governou por quase 400 anos consecutivos.

A Boêmia e a Morávia eram unidas pela história e pela dinastia como Império.
 A sua população, na grande maioria, pertencia à raça eslávica. No entanto, achavam-se muitos comerciantes alemães em todas as cidades. A Boêmia era a pátria de homens que foram percursores da Reforma Protestante como João Huss e Jerônimo de Praga, os quais deixaram a sua importante contribuição na história da Igreja do Senhor Jesus Cristo.

Esses dois países eram  unidos politicamente. Também, pelo mesmo sentimento hussista, achavam-se preparados providencialmente por Deus para uma obra missionária séria como foi o movimento do Conde Zinzendorf, chamado de movimento moraviano.

Havia na Morávia muitos irmãos Boêmios e anabatistas que  procuravam fugir das perseguições religiosas.

 A Confissão de Augsburg era o único credo Protestante reconhecido pelo governos civil. Com isso, grande parte dos evangélicos tornou-se nominalmente luterana, embora nem todos concordassem com certas afirmações e até rejeitassem a doutrina de Lutero no que diz respeito à Ceia do Senhor, que era a consubstanciação.

Para proteger se dos jesuítas na  segunda metade do século XVI,  os irmãos boêmios se uniram numa confissão que tentava harmonizar luteranos e calvinistas. Com a Guerra dos Trinta anos entre Católicos e Protestantes, a Boêmia voltou a ser um reduto Católico, embora possuísse a maioria Protestante. Mesmo vivendo dias maus e turbulentos, pois aquele momento estava sendo catastrófico para o Protestantismo Boêmio, eles persistiram juntamente com seus irmãos morávios, ocultando-se das sangrentas e violentas perseguições.


Por volta de 1722, os morávios de língua alemã começaram a buscar refúgio na Saxônia, na liderança de um carpinteiro, o irmão Cristiano David, o qual mais tarde tornou-se um proeminente missionário moraviano.

MORAVIANOS SERVOS DO CORDEIRO: JESUS!


Eis o selo da Igreja Moraviana, o tema deste opúsculo. Diz "Venceu o nosso Cordeiro. Vamos segui-Lo". Depois de muita perseguição no seu país de origem, Boemia - Morávia, no centro da Europa, um pequeno grupo escapou para a Alemanha oriental (1722).

   Cinco anos depois, na vila de Herrnhut (abrigo do Senhor), na propriedade rural do Conde de Zinzendorf, Deus derramou sobre eles seu Espírito Santo de uma maneira especial (1727). Não é que houve milagres e línguas, mas muito quebrantamento verdadeiro e uma consciência profunda de ser uma comunhão ao redor do Cordeiro de Deus.

   Iniciaram o que seria a reunião de oração mais longa da história, cem anos de intercessão ininterrupta. Um grupo de jovens começou a preparar-se para missões após o dia de trabalho árduo de colono, estudando a Bíblia, línguas, geografia e medicina. Mas cinco anos depois, o Conde estava em Copenhagen na festa de coroação de um rei dinamarquês. Ali ele recebeu duas chamadas, uma para trabalhar entre os escravos numa ilha dinamarquesa no Caribe, outra para ajudar na evangelização entre os esquimós na Groenlândia. Voltando para casa, a sua igreja aceitou o desafio, iniciando o imenso  trabalho missionário moraviano.

   Pastor Florêncio descreve este movimento que, em 20 anos, enviou mais missionários para os campos do que toda a igreja protestante em dois séculos!
   "Venceu o nosso Cordeiro! Vamos seguí-Lo!" Que privilégio ser seguidor de Jesus! Vamos por onde Ele nos levar. Amém!

 Como é sabido, no 
século XVI ocorreu a Reforma Protestante na Europa. Este foi, sem dúvida, um dos maiores acontecimentos da história da Igreja nos últimos séculos. Deus usou Lutero e outros líderes para questionar e mudar princípios deteriorados da Igreja existente. Isso teve grande impacto em todas as áreas da humanidade.

   Entretanto, enquanto a Igreja Católica Romana "cristianizava" ou "catequizava" o novo mundo com o apoio indispensável dos jesuítas e de seus soldados, a Igreja Protestante não dispunha das mesmas condições para tais investimentos missionários. Por isso postergou por quase três séculos uma obra missionária mais expressiva.

   
No século XVIII, pela providência eterna, é levantado um homem que verdadeiramente amava a obra missionária. Ele dedicou-se, juntamente com sua Igreja, a esse importante trabalho de levar o Evangelho ao mundo inteiro. Era o Conde Zinzendorf, um nobre alemão que Deus levantou para dar refúgio a milhares de perseguidos em toda a Europa e também para propor ao seu povo o desafio de pregar o evangelho a toda criatura.

  Zinzendorf era uma pessoa que amava profundamente a Deus e colocou sua vida ao serviço do mestre. Ele foi um verdadeiro líder espiritual do seu povo e o motivou a um grande empreendimento missionário. Um fator importante no ministério dos moravianos era que, além de sua dedicação total, dispunham de uma vida de oração ininterrupta, dia e noite, durante cem anos consecutivos. Aqui estava o segredo do grande sucesso: oração...!

A HISTÓRIA DOS MORAVIANOS



        Quero compartilhar com vocês a respeito de algo IMPACTANTE. É o testemunho de dois jovens que entenderam o amor que Deus tem pelas almas e resolveram se doar pra Deus. Mas antes, vamos a alguns esclarecimentos.
         Os jovens pertenciam a um grupo conhecido como MORAVIANOS. E abaixo, segue uma breve e resumida explicação sobre quem era esse povo. Parece extenso, mas VALE A PENA ler.
       Os Moravianos foram os primeiros protestantes a colocar em prática a idéia de que a evangelizacão dos perdidos é dever de toda a igreja, e não somente de uma sociedade ou de alguns individuos.

          Anteriormente, a responsabilidade pela evangelizacão havia sido lançada nos degraus dos governos, através das atividades colonizadoras.
      Os Moravianos, contudo, criam que as missões são responsabilidade de toda a igreja local.

       Devido ao seu profundo envolvimento, esse pequeno grupo ofereceu mais da metade dos missionários protestantes que deixaram a Europa em todo o século XVIII
De fato a história dos Moravianos antecede a Reforma.
         Conhecidos originalmente como os Unitas Fratrum, ou a Unidade dos Irmãos, esses cristãos Checos foram os seguidores do mártir John Huss, um reformador antes da Reforma.
          Ele foi martirizado em 06 de julho de 1415.
     Após a morte de Huss, seus seguidores, experimentaram um verdadeiro ressurgimento.

Eles se reorganizaram no ano de 1457, e no tempo da Reforma havia entre 150 a 200 mil membros em quatrocentas igrejas por toda a Europa Central. Mas, no levante das guerras dos 1600, a Boêmia e Moravia (RepUblica Checa) foram dominadas por um rei católico romano, o qual desencadeou uma terrível perseguição contra os Moravianos.

Foram todos espalhados e se tornaram refugiados.
Por quase cem anos procuravam fugir da perseguição.
Por causa disso formaram urna poderosa rede de cristãos clandestinos.
Quando cruzaram a fronteira da Alemanha, ouviram de um lugar conhecido como Herrnhut, uma pequena faixa de terra na propriedade de Zinzendorf, ali se estabeleceram. o trabalho dos Moravianos foi guiado por um número de características que os distinguiram.

Primeiro, eram profundamente dedicados ao Senhor Jesus Cristo e a sua causa.

Segundo, os Moravianos abriram o ministério aos leigos e a ministração as mulheres, antecipando Hudson Taylor nessa questão mais de cem anos antes;

Terceiro, criaram a estratégia missionária de fazedores de tendas.

Quarto, os Moravianos por ser pessoas sofredoras, podiam facilmente se identificar com aqueles que sofriam.

Quinto, eles se dirigiam às pessoas receptivas ao evangelho.

Sexto, eles colocavam o crescimento do Reino de Cristo acima de uma expansão denominacional.

Sétimo, a obra missionária Moraviana era regada de oração.

Alguém, certa vez, perguntou a um Moraviano o que significa ser um Moraviano.
Ele respondeu: 

"ser um Moraviano e promover a causa global de Cristo são a mesma coisa".

Pois bem...
Devido os Moravianos terem sido pessoas sofredoras, podiam facilmente se identificar com aqueles que sofriam. Eles iam àqueles que eram rejeitados por outros. Dificilmente qualquer missionário seria mandado para a costa leste de Honduras ou Nicarágua. Essas partes da América Central eram inóspitas. Lá, contudo, estavam os Moravianos
Isso era característico da vocação missionária deles; eles se dirigiam a pessoas receptivas. Devido ao fato de os Moravianos crerem ser o Espírito Santo o “Missionário” primário, aconselhavam seus missionários a “procurarem as primícias. Procurarem aquelas pessoas que o Espírito Santo já havia preparado, e trazer-lhes as boas novas”; eles colocavam o crescimento do reino de Cristo acima de uma expansão denominacional. A obra missionária Moraviana era regada de oração.

No ano de 1727, em Herrnhut Alemanha, ocorreu um grande avivamento espiritual, os Moravianos começaram uma vigília de virada de relógio, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco dias por ano. Nesse período o livro devocional conhecido como Lemas Diários, que ainda tem sido publicado pela Igreja Moraviana, era o devocional mais amplamente usado entre os cristãos europeus. O ministério Moraviano era fortemente regado por oração.
Durante esse período dois jovens Moravianos, de 20 anos ouviram sobre uma ilha no Leste da Índia cujo dono era um Britânico agricultor e ateu, este tinha tomado das florestas da África mais de 2000 pessoas e feito delas seus escravos, essas pessoas iriam viver e morrer sem nunca ouvirem falar de Cristo.
Esses jovens fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários, a resposta do dono foi imediata: “Nenhum pregador e nenhum clérigo chegaria a essa ilha para falar sobre essa coisa sem sentido”. Então eles voltaram a orar e fizeram uma nova proposta: “E se fossemos a sua ilha como seus escravos para sempre?”, o homem disse que aceitaria, mas não pagaria nem mesmo o transporte deles. Então os jovens usaram o valor de sua própria venda pelo custo de sua viagem.
No dia que estavam no porto se despedindo do grupo de oração e de suas famílias o choro de todos era intenso, pois sabiam que nunca mais veriam aqueles irmãos tão queridos, quando o navio tomou certa distância eles dois se abraçaram e gritaram suas últimas palavras que foram ouvidas:
 “QUE O CORDEIRO QUE FOI IMOLADO RECEBA A RECOMPENSA DO SEU SOFRIMENTOATRAVÉS DE NÓS“.


OS JOVENS MORAVIANOS


Os Moravianos foram os primeiros protestantes a colocar em prática a idéia de que a evangelizacão dos perdidos é dever de toda a igreja, e não somente de uma sociedade ou de alguns indivíduos.

Paul Pierson, missiólogo, escreveu: “Os Moravianos se envolveram com o mundo das missões como uma igreja, isto é, toda a igreja se tornou uma sociedade missionária”. Devido ao seu profundo envolvimento, esse pequeno grupo ofereceu mais da metade dos missionários Protestantes que deixaram a Europa em todo o século XVIII.


Devido os Moravianos terem sido pessoas sofredoras, podiam facilmente se identificar com aqueles que sofriam. Eles iam àqueles que eram rejeitados por outros. Dificilmente qualquer missionário seria mandado para a costa leste de Honduras ou Nicarágua. Essas partes da América Central eram inóspitas. Lá, contudo, estavam os Moravianos. Isso era característico da vocação missionária deles; eles se dirigiam a pessoas receptivas. Devido ao fato de os Moravianos crerem ser o Espírito Santo o “Missionário” primário, aconselhavam seus missionários a “procurarem as primícias, procurarem aquelas pessoas que o Espírito Santo já havia preparado, e trazer-lhes as boas novas”. Eles colocavam o crescimento do reino de Cristo acima de uma expansão denominacional. A obra missionária Moraviana era regada de oração. No ano de 1727, em Herrnhut na Alemanha , ocorreu um grande avivamento espiritual, os Moravianos começaram uma vigília de virada de relógio, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco dias por ano. Nesse período o livro devocional conhecido como Lemas Diários, que ainda tem sido publicado pela Igreja Moraviana, era o devocional mais amplamente usado entre os cristãos europeus. O ministério Moraviano era fortemente regado por oração.

Os Dois Jovens Moravianos


Durante esse período dois jovens Moravianos, de 20 anos ouviram sobre uma ilha no Leste da Índia cujo dono era um britânico agricultor e ateu, este tinha tomado das florestas da África mais de 2000 pessoas e feito delas seus escravos, essas pessoas iriam viver e morrer sem nunca ouvirem falar de Cristo. 
Esses jovens fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários, a resposta do dono foi imediata: “Nenhum pregador e nenhum clérigo chegaria a esta ilha para falar sobre esta coisa sem sentido". Então eles voltaram a orar e fizeram uma nova proposta: "E se fossemos a sua ilha como seus escravos para sempre?", o homem disse que aceitaria, mas não pagaria nem mesmo o transporte deles. Então os jovens usaram o valor de sua própria venda pelo custo de sua viagem.

No dia que estavam no porto se despedindo do grupo de oração e de suas famílias o choro de todos era intenso, pois sabiam que nunca mais veriam aqueles irmãos tão queridos, quando o navio tomou certa distância eles dois se abraçaram e gritaram, e suas últimas palavras ouvidas foram: 

"QUE O CORDEIRO QUE FOI IMOLADO RECEBA A RECOMPENSA DO SEU SOFRIMENTO". 

OS MORAVIANOS


          Iniciou-se no século 18 em Hernhut, Alemanha, o movimento de oração continua (24 horas) chamado Moravianos, este movimento durou por quase 100 anos pela reforma e avivamento da igreja.
                            Os moravianos eram muito dedicados ao Senhor, mais de 2150 membros de sua igreja foram enviados como missionários. A ação missionária utilizou pessoas simples e comuns de coveiro a lavrador, de sapateiro a oleiro e até como escravo vendido. A concepção sobre missões nunca mais foi a mesma depois dos morávios.
                              Certa vez foi feita a seguinte pergunta a um moraviano: “O que significa ser um moraviano?”. E ele respondeu “Ser um moraviano é promover a causa global de Cristo são a mesma coisa”.
                        A concepção de missões dos Morávios eram unicas, temos o exemplo da história de dois jovens Moravianos, conta a história que esses jovens, cerca de 20 anos de idade ouviram sobre uma ilha no Leste da India onde 2000 africanos trabalhavam como escravo e cujo dono era um Britânico agricultor e ateu. Esses jovens fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários, a resposta do dono foi imediata: ” Nenhum pregador e nenhum clérico chegaria a essa ilha para falar sobre essa coisa sem sentido”. Então eles voltaram a orar e fizeram uma nova proposta: “E se fossemos a sua ilha como seus escravos para sempre?”, o homem disse que aceitaria, mas não pagaria nem mesmo o tranposte deles. Então os jovens usaram o valor de sua propria venda para custiar sua viagem.
                     No dia da partida para ilha, as famílias estavam reunidas no porto para se despedirem dos jovens. Houve orações choros e abraços, amigos e familiares puderam dar o último adeus para seus irmãos. E algumas pessoas falaram: porque vocês estão fazendo isso? Vocês nunca mais irão ver seus familiares e amigos, e vão ser escravos para o resto de suas vidas! Mas quando o barco estava se afastando do porto os dois jovens levantaram suas mãos e declararam em voz alta: "para que o Cordeiro que foi imolado receba a recompensa por seu sacrifício através das nossas vidas".
        A Igreja dos Irmãos Morávios continua ativa hoje, mas seu legado é visto também em outras denominações. John Wesley foi grandemente influenciado pelos morávios e incorporou algumas de suas preocupações ao movimento metodista. William Carey, muitas vezes considerado o pai das missões modernas, estava, na verdade, seguindo os passos dos missionários morávios. “Vejam o que os morávios fizeram”, comentou ele em determinada ocasião. “Será que não poderíamos seguir seu exemplo e, em obediência a nosso Mestre Celestial, ir ao mundo e pregar o evangelho aos incrédulos”?


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O QUE DEUS NOS FALA ATRAVÉS DAS ESTRELAS DE LEÃO


Você começou o estudo dos signos nos céus com Virgo, porque precisava primeiro ver Jesus como a Semente da mulher que esmagaria a cabeça de Satanás.  Agora você viu como as estrelas retratam seu cumprimento das profecias e seu traba­lho dentro da Igreja.  Leão, que é nosso último signo, retratará o reino de Jesus como o Rei.  Leo significa "leão".  Você verá Jesus operando com seu poder e força total, como o exaltado I.eão da tribo de Judá.  Os quatro símbolos em Leo são:

1.   Leo: O Leão.
2.   Hidra: A Cobra d'água.
3.   Crater: O Copo da Ira.
4.   Corvus: O Corvo.

Apocalipse 5.5 mostra a ação de Jesus como o Leão da tribo de Judá:
Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que · Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir ·            livro e os seus sete selos (Apocalipse 5.5).
O leão é descrito na Bíblia como sendo um dos animais mais fortes, entre todos os animais:
O leão, o mais forte entre os animais, que por ninguém torna atrás (Provérbios 30.30).
Regulus é uma das principais estrelas de Leo, e seu signi­ficado é "os pés que esmagam".  Os pés de Jesus esmagaram Satanás, mas os seus também podem esmagá-lo:
Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escor­piões, e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absoluta­mente, vos causará dano (Lucas 10. 19).
Nenhum demônio do inferno poderia impedi-]o de receber a salvação de Jesus para livrá-lo dos resultados do pecado, Da mesma forma nenhum demônio no inferno pode ter poder sobre sua vida como membro do Corpo de Cristo.  Tudo está sob seus pés, e você está nele.  Portanto, tudo está sob seus pés também!  Jesus é verdadeiramente todo poderoso, pois enquanto ele nos dá de sua própria força e de seu poder para usarmos contra o inimigo, seu próprio poder não é diminuído.  Esta é a posição dele como leão!
Nesta constelação você descobre que o Leão de Judá está se preparando para esmagar a cabeça de seu inimigo e selar sua destruição para sempre.  O inimigo é representado por Hidra, a cobra d'água.  O Salmo 91.13 descreve Hidra:
Pisarás o leão e a áspide, calcarás aos pés o leãozinho e a serpente.
Uma outra estrela no corpo de Leo é a que abala os portais do inferno, enquanto Satanás espera sua destruição.  Esta estrela se chama Denebola, e significa o Senhor que vem compressa.  O pecado corre rápido neste mundo, e isso acon­tece desde que a maldição foi colocada sobre ele, como registrado em Gênesis.  No entanto os cristãos não devem ser levadas pelo pecado.  Temos de disseminar o Evangelho no pouco tempo que resta antes do final.  Cada dia que uma nova alma recebe Cristo como Senhor e Salvador é um novo dia da misericórdia de Deus, pois não é seu desejo ver ninguém perecendo.
A terceira estrela nesta constelação é AI Giebhae.  Percebi que seu nome adiciona uma nova dimensão à figura de Jesus como Leão.  Ele significa "o Exaltado".  Isaías profetizou há séculos: ... tu és o meu Deus; exaltar-te-ei e louvarei o teu nome... (Isaías 25. 1) Vemos agora a profecia cumprida.
Para mim, uma das estrelas mais interessantes na cons­telação de Leão é Mincher al Asad, que prevê.  Você sabe que sim.  Esta estrela diz que seu futuro é certo, e seus dias são contados.  O Leão de Judá punirá aquele que foi mentiroso e ladrão.
Gênesis 8.9 contém uma profecia de Jacó, em que ele profetiza o triunfo do Leão na tribo de Judá.  Esta profecia ocorreu quando ele estava abençoando a tribo de Judá:
Judá, teus irmãos te louvarão; a tua mão estará sobre a cerviz de teus inimigos; os filhos de teu pai se inclinarão a ti.  Judá é leãozinho; da presa subsiste, filho meu.  Encur­va-se e deita-se como leão e como leoa; quem o despertará? (Gênesis 49.8,9)
Este é o início da nação de Israel, e Jacó está profetizando Messias!  Ele sabia que o leão ganharia, e que o diabo sobre o seria destruido e devassado.  O profeta Oséias também profetizou a respeito de Jesus como um Leão:
Sou, pois, para eles como leão; como leopardo, espreito no caminho.  Como ursa, roubada de seus filhos, eu os atacarei e lhes romperei a envoltura do coração; e, como leão, ali os devo­rarei, as feras do campo os despedaçarão (Oséias 13.7,8).
Em Leo, a serpente finalmente foi expulsa da Terra e lan­çada num buraco flamejante.  A missão da semente de mulher era machucar a cabeça de Satanás, e ela está cumprida.  Mas em Apocalipse vemos que primeiro há guerra:
Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os manda­mentos de Deus e têm o testemunho de Jesus (Ap 12.17).
Olhando sua figura, parece que Hidra ocupa quase que um terço do mapa astral, não é mesmo?  Ele sempre tentou convencer a  humanidade de que era rei, conquistador e deus do mundo.  Infelizmente muitos podem haver sido ludibriados pelas suas mentiras, a ponto de nem aceitarem conhecer a verdade de Deus.  Mas Deus falou que ele sozinho é a ver­dade, mesmo que isso torne todos os homens mentirosos Hidra pode até conseguir aparentar-se de grande, mas no final, quando o virem no buraco, todos ficarão surpresos com o fato de alguém tão deplorável haver enganado as nações!
O livro de Apocalipse fala de seu destino pendente e certo: E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama Diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a Terra, e com ele os seus anjos.  Então ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus (Apocalipse 12.9, 1 0).
Um cálice peculiar que está repousando sobre as costas de Crater parece estar prestes a tombar.  Crater é represen­tante da vingança de Deus e ira sobre a injustiça.  Ele é visto no lugar ao qual pertence - as costas de Satanás.  O v. 8 do Salmo 75 descreve a cena de Crater:
Porque na mão do Senhor há um cálice cujo vinho espuma, cheio de mistura; dele dá a beber; sorvem-no, até às escó­rias, todos os ímpios da Terra (Salmos 75.8).
Sem dúvida Hidra vê o Leão de Judá em perseguição, mas não consegue se mover rapidamente, em virtude do cálice da  ira de Deus em suas costas.  Salmos 11.6 diz sobre o cálice da ira de Deus:
Fará chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre, e vento abrasador será a parte do seu cálice (Salmos 11.6).
Finalmente o Leão da tribo de Judá dá a última cartada no inimigo!  A vingança final é vista na próxima figura, Cor­vus, "o corvo".  O corvo é um pássaro de destruição e castigo, uma ave da ira de Deus, e isso é mostrado nas Escrituras:
Os olhos de quem zomba do pai ou de quem despreza a obediência à sua mãe, corvos no ribeiro os arrancarão e pelos pintãos da águia serão comidos (Provérbios 30.17).
Hoje mesmo o Senhor te entregará nas minhas mãos;ferir­te-ei, tirar-te-ei a cabeça e os cadáveres do arraial dos filisteus darei, hoje mesmo, às aves dos céus e às bestas -feras da terra; e toda a Terra saberá que há Deus em Israel (1 Sm 17.46).
Como pássaros que representam a ira de Deus, os corvos participarão da Batalha de Armagedon:
Então vi um anjo posto em pé no sol, e clamou com grande voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni- vos para a grande ceia de Deus, para que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, tanto pequenos como grandes (Ap 19.17,18).
No final deste signo você vê Deus levando suas criaturas do ar, cumprindo seu desejo.  Leo, o Leão da tribo de Judá, vem como conquistador e lidera os exércitos de Deus para derrotar o "velho dragão" na triste batalha final da Terra.  A justiça foi completa. 
                  
                  MARILYN HICKEY

O QUE DEUS NOS ENSINA NAS ESTRELAS DE CÂNCER


O último cumprimento da promessa de Deus para nós mediante Abraão se encontra simbolizado no signo de Câncer:
Que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos (Gênesis 22.17).
Ora, as promessasforanifeitas a Abraão e ao seu descen­dente.  Não diz: E aos descendentes, como sefalando de mui­tos, porém como de um só.  E ao teu descendente que é Cristo. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa (Gálatas 3.16,29).
que o símbolo é um caranguejo, você pode querer saber, "O que um caranguejo tem a ver com Jesus Cristo, sua Igreja, ou a Ira de Deus?" Você terá o significado neste capítulo.
O signo de Câncer tem quatro símbolos:
1.    Câncer: O Caranguejo.
2.    Ursa Maior: O Urso pequeno.
3.    Ursa Menor: O Urso grande.
4.    Argo Navis: O Navio.
O primeiro significado que encontrei no caranguejo foi o fato dele ser um animal nascido na água.  Isso me fez lembrar do símbolo do peixe.  A Igreja também é nascida da água e do Espírito.  Vi que as muitas pernas do caranguejo podem representar os vários membros do Corpo de Cristo.  Se você examinar o desenvolvimento e o ciclo de vida de um caran­guejo, pode constatar uma tipologia entre ele e a Igreja.  Por exemplo, a mudança de sua-concha:
Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus (11 Coríntios 5. 1).
De uma dispensação a outra, a Igreja continua crescendo.  Ela pode ser comparada à mudança da concha de um carangue­jo, que ganha uma nova para se ajustar a um corpo maior. À medida que a Igreja cresce, e se desenvolve espiritualmente, de uma era para a outra, devemos "mudar nossas conchas" de doutrina e tradição para que possamos receber a verdade da Palavra de Deus!  Jamais podemos permitir que nossas tradições terrenas roubem o efeito da Palavra de Deus em nossa vida.
Este segmento de 11 Coríntios relata que nosso corpo são "conchas" que estão fisicamente nos separando de Jesus, apesar de estarmos perto dele pelo Espírito.  Algum dia,
quando Cristo der um grande grito, dispensaremos nosso corpo terreno por um corpo "glorificado" ou um lar no céu:
Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta.  A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.  Porque é necessário que este corpo corrup­tível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.  E, quando este corpo corruptível se revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória (1 Co 15.51-54).
Neste signo você verá todos os cristãos entrando em sua casa derradeira, após a segunda vinda de Cristo, pois a pala­vra Câncer significa "descanse em paz".  Jesus nos assegurou descanso:
Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei na minha ira: Não encontrarão no meu descanso.  Embora, certamente, as obras estivessem con­cluídas desde a fundação do mundo.  E novamente, no mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso (Hebreus 4.3,5).
Um grupo de estrelas aparece no meio do caranguejo, e elas são chamadas de "colméia".  Alguns historiadores a chamaram de "a manjedoura".  Esta série de estrelas recebem o nome de Praesepe, que significa "a multidão", "descendência", ou "semente inumerável".  Apocalipse 7.9, 1 O explica quem é esta multidão:
Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação (Apocalipse 7.9, 1 0).
Existe um total de 24 estrelas na pequena constelação de Praesepe.  Quando as contei, encontrei o texto em Apocalipse 4.4, falando a respeito delas:
Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro (Apocalipse 4.4).
Nesta figura vejo as multidões que estão continuamente trocando seus hábitos carnais externos de glória em glória, fé em fé, e força em força.  Ao crescermos na segurança e des­canso de Jesus Cristo, trocamos velhas carcaças e nos desen­volvemos nele de maneira maravilhosa, até que nos transfor­mamos em sua imagem.
O próximo decano de Câncer é de um pequeno urso, certa vez retratado como um ovil, de acordo com o folclore hebreu.  Seu nome é Ursa Maior.  Nesta constelação você verá sete estrelas principais chamadas de Septentriones: "as sete que giram".  A estrela Polar também se encontra aqui.  Em certa época a estrela Polar era localizada na curva do rabo de Draco.  Foi quando, acredito eu, a posição da estrela signifi­cava que a Terra estava de posse do inimigo.  Hoje essa estrela viajou bastante para estar localizada no pequeno "ovil".  Acredito que o movimento desta estrela Polar significa que os santos estão sempre em mudança, para se aproximar permanentemente do reino do Senhor.
Agora focalize na Ursa Maior o "grande urso" e o decano seguinte de Câncer.  Ele era reconhecido antigamente como o "Grande ovil", ou o "local de descanso do rebanho".  Lem­bre que Câncer significa "descanse seguro".  Aqui então vemos o reforço do descanso dado a seus santos.
A estrela chamada Mizar, na cauda do urso, testemunha este descanso, pois ela significa "um local guardado e fechado".  Quando você entra no descanso espiritual de Deus nenhum inimigo pode penetrar no seu forte (a não ser que você permita).  E quando estivermos eternamente com o Senhor na nossa morada final de descanso, certamente teremos entrado para o lugar fechado da proteção de Deus.
Ursa Maior e Ursa Menor são parte de um rebanho que segue Bootes, o pastor na constelação de Virgo.  Jó conhecia os nomes destas estrelas e tinha consciência de que elas simbolizavam uma parte do rebanho, pois ele falava de Are­turus, a estrela no joelho de Bootes:
... ou fazer aparecer os signos do Zodíaco ou guiar a Ursa com seusfilhos? (Jó 38.32)
Na tradução hebraica, a palavra filhos significa "Ash" ou "Aish" e esta palavra significa "as sete estrelas do Grande Urso".  Jó falou de uma conexão entre as duas constelações!
Quem mais poderia ser as sete estrelas?  Elas representam as sete igrejas que são mencionadas nos primeiros capítulos do Apocalipse de São João:
Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia (Apocalipse 1. 1 0, 1 1).
Câncer mostra os rebanhos do Bom Pastor sendo arreba­nhados, assim como fora profetizado.
Paulo descobriu outro mistério que é visto neste signo: ele representa a recepção judia do Messias.  Em Efésios 2.14 ele falou de uma reunião:
Porque ele é a nossa paz, o qual de ambosfez um; e, ten­do derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade ...
O decano final mostrado em Câncer é o de um navio, cha­mado Argo Navis.  A estrela mais brilhante é Caopus, que significa "a possessão daquele que vem" Leia João 14.1-3:
Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.  Na casa de meu Pai há muitas moradas.  Se assim não fora, eu vo-lo teria dito.  Pois vou preparar-vos lugar.  E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos recebereis para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.
Esta é uma constelação que representa o "navio" do povo de Deus entrando no porto de Sião!  Como pode ser isso?  Pri­meiro examine os fatos sobre a arca de Noé, e verá a resposta.
A arca de Noé foi construída com um piche especial que selava qualquer água de enchente que pudesse entrar e afun­dar o navio.  A palavra em hebreu para "piche" na verdade é expiação!  O navio evangélico é um que foi selado com o sangue da expiação do Filho de Deus, Jesus Cristo.  Ele serve para selar contra a contaminação de vivermos num mundo pecaminoso.  Jesus selou nosso descanso com "piche sobre­natural" - seu sangue.
A arca tinha uma única janela, e era localizada no andar de cima do navio.  A família de Noé não podia olhar para fo­ra para ver a destruição do mundo; só podiam olhar para cima.  Também nós - como aqueles na arca -, só devemos olhar para cima, para nossa libertação!
Hoje, somos uma parte da arca do Evangelho.  Muitas pres­sões estão vindo contra a presença de Deus no mundo, mas podemos ter certeza de que a nossa segurança e descanso estão a salvo agora e para sempre.  O próprio Jesus é nosso porto seguro.
O que o Argo Navis está carregando?  Acredito que está repleto de caranguejos.  E uma coisa que eles têm em comum é a concha, que foi transformada!  A mortalidade tomou a imortalidade da imagem de Jesus Cristo.  A Bíblia nos diz que quando o virmos seremos iguais a ele!
É este signo uma esperança abençoada?  Câncer, o caranguejo, nos encoraja e nos lembra que a transformação está disponível.  E a palavra para transformação é "transfi­guração".  Da mesma maneira que Jesus brilhou e irradiou a glória no Monte da Transfiguração, aqui nos vemos como as multidões de luzes para o mundo - irradiando a sua luz e sendo transfigurados, como Jesus.
Este é o signo que nos prepara e nos intima a estarmos prontos para aquele momento que virá com “o piscar de olhos”, quando nos uniremos ao nosso Senhor da Glória !

                MARILYN HICKEY